Poesias Doentias 6

Prazeres Pervertidos

“Com pesar vago pelo silencioso cemitério,
A boca num esgar, e a terrível fome consumindo meus sôfregos sentidos,
Quando, num gesto completamente desesperado e aflito,
Profano a pequena sepultura em busca de alimento…
Com macabra e funesta alegria retiro o pequeno cadáver
De seu leito de sono eterno…
Sinto o acre cheiro que inunda o ambiente
Tornando ainda mais mórbido o prazer do deleite inominável…
Com o falo endurecido tal e qual a mais dura das pedras,
Penetro o pequeno orifício e acaricio a carne apodrecida…
Enormes ondas de prazer percorrem meu corpo num êxtase ensandecido,
E, como fera indomada aumento o ritmo das estocadas…
Com violento tremor, o gozo jorra em fortes ondas, e junto com ele
O viscoso, quente e amargo produto da minha náusea incontrolável,
Deixando assim, meu pequeno corpo amante despedaçado,
Ainda mais apetitoso para o lúgubre ato final:
Cada pedaço ínfimo de carne ali, marcada,
Pelo meu jorro e pelas minhas golfadas,
São saboreados como iguaria nunca dantes encontrada,
Saciando, assim, a doentia e pungente fome abominável,
Que transforma meu corpo, minha mente e meus sentidos enlouquecidos,
Em uma máquina irrefreável de prazeres pervertidos…”


por .

3 Responses to Poesias Doentias 6

  1. Duilio says:

    MEDA!

  2. Anonymous says:

    Cadê a poesia doentia nº 5?

  3. Watchman says:

    Meu bisavô tomando sopa consegue ser mais nauseante que essa sandice…

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